quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Familia


E que diabos viemos fazer todos juntos no mesmo grupo de sangue e matizes, senão aprimorarmos a arte do "conviver" com quem geralmente temos mais discordâncias? Há o pressuposto de se tolerar e tentar entender (e fingir que conseguiu) seu pai e sua mãe porque são simplesmente seu pai e sua mãe, os dois únicos responsáveis por sua presença e existência. De se respeitar ainda que forçosamente, ainda que com razão, os pontos de vista mais absurdamente ultrapassados que eles possam ter. De se dar razão só pra eles se sentirem donos da verdade. De se mostrar submisso a qualquer pedido ou ordem, e de se mostrar conivente com as decisões que eles tomam... porque são simplesmente seu pai e sua mãe.
Seus irmãos.. ahhhh se eu pego quem inventou essa porra de irmão! kkkk Irmão é o cara que vc não escolheu e que surgiu alí do teu lado, que vc é obrigado a aceitar por respeito aos seus pais. (Eu não tenho irmão, mas tenho duas irmãs mais novas, e uma delas é portadora da habilidade de enlouquecer e irritar a Maya). É a pessoa que te tira do sério, com quem vc troca adjetivos ultrajantes e realmente se dá ao luxo de extravasar, quando um dos genitores esguela um "PAREM DE BRIGAR, VCS SÃO IRMÃOS!!" Hellooooo, eu nunca iria arremessar um tenis na cara de outra pessoa que não fosse minha irmã, ou mesmo prensar com o pé contra a parede até a pessoa apagar.. eu seria presa, imagina! Se eu não puder fazer isso com minha irmã, com quem faria??? ;p
Família é uma coisa engraçada... já conheci famílias de vários tipos, com os mais estranhos elementos, os mais cômicos e diferentes membros, e elas faziam sentido no fim do dia..
Na minha família por exemplo existem situações clássicas: no lado materno, a indecisão, e o talento pra se mudar de ideia é a mais marcante. Desde pequena vivia na incerteza sobre o churrasco de domingo, ou a ida a fazenda... seria no sábado pela manhã, mas na noite de sexta alguém telefonou pra alguém e mudaram pra sábado a tarde, e acabamos saindo pela manhã mesmo após decidido que nem haveria mais a tal ida, e logo após que deveríamos ir right away! Os fins de ano são decididos no dia 31 mesmo, ainda que maior parte da família imagine que já está tudo certo desde o meio de Novembro. A família toda gosta de fazer os gatherings regados a algum tipo de álcool.. a maior parte prefere cerveja (muita cerveja, na verdade... nesse grupo nos resumimos em 4: meu tio Chacho, meu primo Carlos, minha irmã Sheila e eu) e tem ainda os que bebem bem também mas que não estão normalmente presentes nas mais fortes...
Tenho a felicidade de pertencer a uma família com membros muito bem sucedidos, inteligentes, articulados, coerentes, corajosos, de personalidade e que me dão muito orgulho por carregarmos o mesmo sobrenome. Homens de verdade, educados, cordiais, solícitos (1 ou 2, nesse caso), que cuidam do churrasco, da cerveja, do transporte, nos acompanham e raramente nos criticam mesmo quando estamos em papos de "mulherzinha". Mulheres admiráveis, independentes, lutadoras, de mil e uma habilidades, bem resolvidas, profissionais, felizes e realizadas (algumas ainda a caminho), que cuidam da limpeza, dos acompanhamentos, do resfriamento da cerveja e da logística.
Esse breve relato é sobre um curtíssimo período do ano quando estamos todos juntos no verão, na praia. Onde os mais velhos dormem cedo e acordam cedo também, junto com o sol e conosco chegando da balada. Uma gritaria descontrolada quando depois de algumas horas de sol na moleira e cerveja na cachola decidem verbalizar todos ao mesmo tempo sobre assuntos diferentes. Onde o patriarca é respeitado, amado incondicionalmente e tido como máximo exemplo de luta, hombriedade, inteligência, força e glória. Onde as crianças fazem coisas de criança, e alguns adultos também. Onde mesmo os mais desgarrados são acolhidos, ainda que sejam bem porra louca, com todo o respeito e carinho que qualquer outro recebe.
É realmente muito agradável lembrar e falar sobre minha família... me enche de orgulho e saudade, e de satisfação por saber que for some reason, estamos todos juntos nesse mesmo grupo de sangue e de matizes, e que formamos juntos um núcleo muito bem composto de pessoas reais e verdadeiras, de pessoas do bem e de conteúdo, que são o que são e que tem o que merecem!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

SDCI


Olha, já vou começar dizendo que esse post pode vir a te causar estranhesa, pode ser que vc discorde, que não goste, pode ser que te ofenda, então se vc for uma pessoa de crença religiosa muito evidente, nem leia...
Eu não me considero ateia, até pq acredito sim em alguma coisa.. mas não nesse dogmatismo infundado a que nos induzem a acreditar. A Bíblia é sim, um belo livro de estórias, mas é isso... amplamente e intrissecamente interpretável, levam os de menos conhecimento a achar que as coisas aconteceram tal qual está descrito. E, convenhamos, a maior parte das pessoas não fazem perguntas.. nem querem saber, na verdade.. afinal, é muito mais cômodo ter alguém em quem depositar o sucesso ou o fracasso de uma ação, do que em vc mesmo.. eu ouço com frequencia: "sou feliz, sou bem sucedido, graças à Deus".. nããããooo, se vc é feliz e bem sucedido, é graças à você!!! Ou então "Deus me deu tudo o que eu tenho"... então por quê o coitado do favelado também não ganhou??? Já que "Todos são iguais perante Deus, Deus ama a todos"...?
É muito mais fácil dizer: "foi Deus que quis assim" do que assumir sua responsabilidade sobre o insucesso de uma ação... E não deixam esse Deus em paz, vivem pedindo coisas, responsabilizando o cara, jogando na dele... bóra assumir teu papel, teus riscos e tuas responsabilidades... assuma que deu certo graças ao teu esforço, ou à tua sorte, ou que deu errado graças à tua incompetência, ou falta de sorte... mas o lance é contigo, nêgo!
Cadê teu Deus a hora que dá uma chuvarada que mata um monte de gente, crianças, pessoas do bem e trabalhadoras.. ou que destrói e leva toda a casinha do cara lá que finalmente conseguiu comprar uma geladeira, e tava na segunda prestação?
Ninguém pode fazer nada, não existe um mega-guardachuvas pra proteger a todos da chuva.. se tem alguém que podería fazer alguma coisa, sería Deus... não sería??
Trágico ? Pois é, e tem mais uma cacetada de exemplos...
Tá certo que se as pessoas não tivessem no que acreditar, a coisa viraria um caos filho da puta.. nada de escrúpulos, nada de ética, de bondade, de verdade, de boa índole... mas se leva tudo muito a sério e ao pé da letra.. E eu até entendo quando isso ocorre na massa, mas ver uma pessoa estudada, inteligente, acreditando piamente no que diz a tal da Bíblia me causa grande estranhesa.
Deus foi lá e criou Adão e Eva.. eles transaram e tiveram filhos... nasceu negro, oriental, indiano... ?????
E não vou nem começar a fazer minhas perguntas sobre o tal Jesus...
Resolvi postar isso pq me deparei com algumas situações hoje em que uma caralhada de gente falou em Deus.. Deus isso, Deus aquilo... Deus quis assim, tá nas mãos de Deus, e blábláblá
Tem um moooonte de contradições na própria Biblia, vc já leu? Eu li... achei bem legal, são estórias bonitas e até um tanto comoventes... Constantino, quando escolheu os livros que comporíam o antigo testamento, teve muito tato... é inteligente, e é interpretativo.
Mas pra mim, não passa de um livrinho de estória...
E a galera vai lá e acha que é sagrado... provavelmente a mesma galera que vota no Lula!
hahhahhahahhahhahhahhahha
Sim, eu posso ser bem mean quando eu quero...
Talvez eu sofra de SDCI ( Síndrome de Déficit de Crença Infundada)... TOMARA!!!!
;)

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

tolerância


Já houve tempos em que eu me considerava muito tolerante.. Como quando tive um relacionamento com um homem a quem eu carinhosamente hoje me refiro como "polipolar tragi-comédia".. era mais um "agora eu que arque com as consequencias" do que um "eu amo ele assim mesmo"..naquela época sim, eu era tolerante...
Hoje tive mais uma prova de que minha tolerância diminui proporcionalmente com o tempo de vida de meus órgãos vitais. E eu nem acho que deva ser tolerante nesse caso, mas 100% das pessoas com quem dividi o acontecido acham, portanto... a errada sou eu! O fato foi o seguinte: Em 1 hora e meia de almoço, eu tinha a quase que intangível meta: ir pra casa lavar e secar os cabelos pro meu "encontro" de hoje a noite, ir ao banco, ir à farmácia, ir à loja de produtos naturais - e de lá ligar pra mãe da minha amiga pra saber a porra do nome da erva que ela toma e que tem efeitos quase que sobre-naturais -, almoçar e finalmente colocar gasolina no carro (já que o álcool nem tá valendo tanto a pena assim) e voltar para o trabalho. Nem tão intangível era meta quanto o estado de nervos em que eu me encontrava na saída do banho, sabendo de tudo o que eu ainda teria que enfrentar... e obviamente isso contribuiu enormemente para o ápice do meu nervosismo, quando me deparei com o "fato" ali de cima.
Na verdade foi uma sucessão de fatos.. e a grande maioria deles, no transito, é claro.
Pois bem, segue a narrativa:
Saí da marina onde trabalho com meu costumeiro sorriso no rosto pra presentear meu amigo da guarita com um "até depois" simpático.. nem pensei muito, já que já se tornou quase que um movimento involuntário. Sobe a sentinela, Maya passa pela guarita e com o pé já posicionado sobre o acelerador pronto pra meter ficha na segunda marcha quando se atravessa pela minha frente uma senhorinha de uns 75 anos que só pode ter saído da máquina do tempo naquele exato local naquele exato momento. Freeeeeio! Passa a senhorinha passo por passo, derruba a sacolinha beeeem na frente do meu carro, leva 5 minutos pra se abaixar, pegar a sacolinha e se levantar denovo (sim, eu já tinha aberto a porta a essa altura e tava saindo pra ajudar) e segue.. eu respiro, primeira, segunda, e vou... Cheguei em casa, quase fora da roupa, entrei no banho, saí, sequei o cabelo, prendi, me vesti e saí correndo...
Nas 22 faixas de segurança que existem no caminho entre minha casa e o banco, parei pra deixar as pessoas passarem. Sim, porque sou uma mulher muito bem educada e paro na faixa assim como espero que parem pra mim quando estou a pé. Mas falta discernimento, inteligência, senso comum e entendimento na maior parte das pessoas desse mundo. Pelo menos das que eu aguardo atravessar nas faixas.. elas pensam que a faixa de segurança é uma EXTENSÃO DA CALÇADA!!! Atravessam, desfilando seus corpinhos idiotas e sorrindo, como se estivessem em um palco e vc alí, dentro do carro parado feito uma morsa, a plateia deles.. Olha, não venha me falar que o tempinho que se fica alí esperando esses UNOS, esses VIZIGODOS passarem não faz diferença no seu dia.. no seu pode até não fazer, e não é nem uma questão de tempo, é uma questão de lógica! Como o ser humano chega a ser tão egocêntrico a ponto de achar que pode parar todo um trânsito de carros pilotados por pessoas que também em o que fazer só porque tá a pé, e atravessando na faixa?! Por favor, apresse a porra do passo pra atravessar!
Mas esses não são os piores... os piores são aqueles animais que decidem atravessar a rua onde bem entendem, sem faixa ou qualquer outra facilidade, e vc tem a obrigação de adivinhar que ele vem! E quando vc não para, ele aponta pro chão como se dissesse: "To andando caralho, teu carro tá ocupando meu espaço na rua!!!" e te olha com um olhar fulminante e assassino. Tiveram uns desses no caminho também...
Eu ouço meu hardcore do momento em que entro no carro até o momento em que saio do carro, e alguns transeuntes, ou mesmo outros motoritas - principalmente homens - me dão aquela olhada como quem me chama de "maloqueira" kkkkkkkkk, e vou te dizer, I dont give a shit about them. A verdade é que certamente se eu fosse obrigada a ouvir alguma outra coisa, na terceira faixa de segurança eu já teria descido do carro, e esbofeteado um boçal!
Pra terminar, quero que vcs saibam que eu cumpri sim, meu circuito, e bem dentro do tempo.
A tolerância sobre a qual eu queria falar, é essa de aceitar as ignorâncias e limitações das outras pessoas mesmo quando vêm em comboio. É claro que eu não sou nenhuma descontrolada descompassada que não engole esses sapos, eu engulo siiiimmmm. Mas vamos combinar que uma sucessão deles tira qualquer um do sério!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Vida...


Every other day me pego pensando mais ou menos na mesma coisa: será que eu to aproveitando de verdade meu tempo nessa Terra? Não sei porquê, mas tenho ogeriza em pensar que posso estar perdendo tempo, e daqui a pouco já era, já não posso mais andar por onde quiser, não posso mais me exercitar, sair, beber, viajar... não posso mais ler, comer besteira, ouvir meu hardcore, me aventurar em camas e vidas alheias... quem sabe eu me torno uma daquelas velhas moralistas, que fingem não ser quem são (ou quem foram) pelo simples prazer de dar sermão... eu tenho desde sempre um lifesyle urgente! Preciso fazer coisas, mil coisas... preciso falar pras pessoas que são importantes pra mim - positiva ou negativamente - o que eu penso delas, não perco oportunidades de fazer isso.. ta, às vezes eu perco..
Aquela coisa mundaninha, de "estratégias de conquista" de não ligar no dia seguinte, to foraaa!!! Se eu tiver afim, vou ligar meeeesmo! Seja dia seguinte, semana seguinte, hora seguinte.. vou ligar. Não acredito que alguém possa se interessar por mim pelo simples fato de eu fingir que não foi tão bom assim, ou por eu "dar um tempinho pra ele sentir falta" hahaha. Provavelmente mal me conhece, e definitivamente não vai sentir falta até me conhecer de verdade. Certo? Na real nem sei porque as pessoas fazem isso. Já presenciei situações que a menina tava passando maaal de vontade de ligar, mas não ligou porque o último contato quem tinha feito era ela. Não que com isso eu seja grude, de maneira alguma. Tenho um forte sentido de percepção, e sei quando não estou agradando. Até porque, se a recíproca não for verdadeira, rapidinho eu desencano. Tenho a habilidade de me atrelar e me desvencilhar de pessoas como faço com a comida (kkk) quando eu quiser. E isso também não quer dizer que eu seja fútil ou superficial. Não! Apenas sei o que eu quero, de quem eu quero, quando e como eu quero, me dou a liberdade de querer e tentar conseguir, e se não der, eu saio numa boa e muitas vezes ainda agrego um amigo.
Bora ser de verdade, falar a verdade, fazer a verdade, sem perder tempo, sem fazer os outros perderem tempo, porque daqui a pouco baby... já foi!
Eu gosto de sair, ver coisas, ver pessoas, falar com elas, gosto de comer bem, de beber bem, de dar risada, muita risada. Eu gosto de ser eu mesma, de dar minha opinião quando perguntam, gosto de ouvir as opiniões dos outros. Gosto de estar acompanhada, dormir acompanhada.. gosto de estar solteira, dormir acompanhada (hehe).
Eu nunca me importei com o que as outras pessoas pensam ou falam sobre mim. Nunca dei muita importância para o que meus pais queriam que eu fizesse (talvez devesse ter dado, algumas vezes), porque sempre tive a plena convicção que assim como eu nasci, alí, sozinha, só eu nascendo da minha mãe, naquele exato momento, eu que dei a primeira inalada de oxigênio, ninguém a deu por mim.. e minha vida começou, esplêndida, espetacular, sensacional como é até hoje... e quando chegar a hora, eu que vou dar o último suspiro. É a minha vida que vai acabar... todos os meus momentos, minhas viagens, meus amigos, minha família, vão deixar de me ter, mas eu vou deixar de ter a vida. E não quero esperar chegar perto dessa hora pra me arrepender de não ter feito alguma coisa.
Às vezes você trabalha duro uma vida toda, se desespera, não curte o que você gosta, e talvez até chegue ao patamar que queria, e pra comemorar, compra uma passagem pra Paris, pra curtir de verdade, de gala... e seu avião, cheio de gente, assim como você, cheio de vontades acumuladas, interrompe sua existência como que do nada. E aí? De que diabos valeu? Talvez se você tivesse trabalhado um pouco menos, gastado um pouco mais, demoraria mais tempo pra comprar a tal passagem e não estaria ali.. ou se estivesse, poderia lembrar, nos últimos momentos, das melhores coisas que fez... que bom ter essas melhores coisas pra lembrar...
Eu tenho! Uma porrada delas...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

WARPED TOUR 2009 -- 15 ANOS



É... já é bem clichê falar mal dos Estados Unidos, parece que se você não concorda com esse "statement" quer dizer que você é um baita de um "paga pau" dos americanos... Eu discordo em todos os gêneros, números e graus possíveis. Não precisamos nem desenvolver uma conversa sobre isso, é claro e fatídico que essa potência é potência porque sabe ser potência. Sem entrar em méritos de politica e industria bélica, existem muitas, mas muuuuitas vantagens em se viver nos Estados Unidos da América. E uma delas, é a WARPED TOUR. Esse ano é a décima quinta edição, o debut da Warped Tour. Comemora junto com o plano Real, se é que o plano Real comemora.. haha
É um puta festival de musica e esportes radicais, um baú de punk rock, que acontece em estacionamentos, terrenos, parques e afins nos Estados Unidos, e às vezes em alguns outros países. No mapa no site da Warped Tour aparecem 2 shows no Kirgistão, mas não encontrei as datas.. e tem no Canada também. Começa agora dia 28 de junho e vai até dia 23 de agosto! A Vans patrocina o evento desde o inicio. Começou em 94, foi criada por um cara chamado Kevin Lyman, que teve a ideia enquanto trabalhava na Vision Skate Escape e Holiday Havoc, que são campeonatos que incluem skate e musica, e a ideia do nome veio por causa de uma revista da época chamada Warp Magazine, que cobria noticias de surf, skate, snowboarding e musica.
No inicio era só nos EUA, mas em 98 a turnê foi pra Australia, Japão, Europa e Canada, além dos EUA. Em 99 começou no ano novo na Nova Zelandia e Australia. Depois começou denovo nos EUA no verão deles pra terminar na Europa.
É iraaaado porque além dos shows, e dos half pipes com skate e bike, ainda rolam umas tendas onde as bandas, os selos, algumas organizações non-profit, patrocinadores, revistas, enfim... fazem merchandising. Muitas das bandas vão pras tendas depois do show. Outra coisa legal, é que desde 2006, a Warped Tour vem trabalhando com Iniciativa Ecologica, a WEI (Warped Eco Initiative), usando biodiesel nos ônibus, tem um palco que é todo abastecido com energia solar, usam material reciclado e trocaram o catering de plástico por pratos laváveis e talheres de metal.
Esse ano as bandas vão poder tocar sets de 40 minutos, ao invés dos 30 minutos dos outros anos. Além disso, ao invés de 2 palcos principais, vai ter só um.
É claro que com o passar dos anos, e com o aparecimento de novas bandas, o festival fica cada vez mais adolescente. Tem algumas bandas que tocam sempre, como Bad Religion, NOFX, the Unseen, Anti-Flag e the Casualties. Tem uma cacetada de banda que vai tocar... Não conheço vááárias delas. Quem tiver a felicidade de estar por lá vai poder curtir de perto. Quem não tiver vai ter que esperar o Warped Tour 2009 Compilation, cd que eles lançam todo ano com algumas das musicas tocadas no festival. Segue o link do site da Warped Tour, lá você pode ver a lista de bandas por cidade, dentre várias outras coisas legais...

terça-feira, 26 de maio de 2009

Rio de Janeirando...


Primeiro aniversário do blog e minha célebre aparição não é pra parabenizar ninguém... Depois de tanto tempo, tantos tópicos considerados, tantas sentadas na frente do notebook, tantas páginas do blogspot que não carregaram, eu vim aqui pra falar sobre a minha espetacular experiência no Rio de Janeiro. Foi uma puta experiência por vários motivos. Primeiro, fui a trabalho... segundo, tive a imensa sorte de conhecer pessoas especiais, que me mostraram a intimidade do Rio, que me proporcionaram a sensação de andar pelas calçadas e lugares que eu só tinha visto pela televisão, e que eu sabia que iam significar algo diferente pra mim. É claro que em muitas das viagens que eu fiz, pude também passar por lugares que eu só tinha visto pela TV e pa. Mas com o Rio foi diferente. Eu sinto um imenso link com aquele lugar. Foi absurdamente alucinante, como na minha viagem da mescalina, que eu senti que fazia de fato parte do mundo, e que existia, em algum lugar, um lugar pra mim, pra me acolher e me fazer feliz, pra me dar vontade de respirar fundo, de sentir vontade de ficar, pra sempre, lá.. EXISTE! E é o Rio de Janeiro. Minhas amigas falam que eu sou exagerada. Eu sou, sou mesmo! E talvez por isso o Rio seja tão peculiarmente especial pra mim. O Rio é um exagero. Exagero de noite, de bares charmosérrimos, simplérrimos ou chiquérrimos, de praias paradisíacas, de pessoas felizes e acessíveis, de atmosfera agradabilíssima, de clima agradabilíssimo, de lugares obscuros de tormentas iminentes... Tive dias sufocantemente deliciosos. Tive o inenarrável prazer de conhecer um homem muito especial, talvez o mais inteligente que eu conheci nos últimos 10 anos, inspirador, admirável. Leva uma vida significante, não só existe e vive.. ele É! Me levou pra conhecer a Lapa como quem leva uma criança a um parque de diversões. Dispersou tempo, atenção, me encantou com cada palavra que disse, cada explanação... me encantou! E não só isso (quem dera), ele me decifrou descaradamente como ninguém nunca fez. Nem eu jamais havia feito tal analise sobre minha reles existência. Na verdade no fundo eu já sabia, mas só soube que já sabia ao ouvir ele falar: "cabecinha de vento". Eu aqui, achando que enganava a tudo e a todos com minhas opiniões sem muito fundamento teórico - mas que pareciam ter.. achando que era suficientemente prolixa e interessada. Esse homem plantou em mim uma puta vontade de aprender... de saber.. Ainda bem que eu tenho o delicioso habito da leitura, e posso substituir biografias insignificantes como a de Tim Maia por um pouco de informação útil, afinal, "a inteligência é o horizonte de um ser" (Ludwig Feuerbach). Eu devo dizer que também por essa razão (quiçá a maior delas), o Rio também me ama como eu a ele. De tudo naquele estado eu só conhecia o litoral sul, e os aeroportos (e o trecho entre eles). Minha irmãzinha caçula mora em Cabo Frio. As vezes que passei por lá, sempre foram especiais. Mas essa... Chega a me fugir a porra do termo!
Eu estou no momento vivenciando uma sensação que nunca tinha sentido antes.. uma depressão ansiosa, um excesso de emoção que ficou enfiada no meu peito e que agora quer sair... Eu prometi a mim, e ao Rio de Janeiro, que volto em breve... e vou voltar sempre...

E pra finalizar, disse lá em cima que não vim parabenizar ninguém.. acabei de descobrir que eu vim sim... Vim parabenizar meu Rio de Janeiro!! E tudo o que ele tem...

quarta-feira, 28 de maio de 2008




Hoje tava indo trabalhar e cruzei com um garoto andando de skate com fones de ouvido... ele tava se quebraaando em cima do skate, curtindo pra caraleo o som que tava tocando. Me deu uma saudaaaade... comecei a reparar ao redor, e um monte de gente se exercitando, caminhando, correndo, galera de long, de skate, de bike, olhei pra água e surfistas, windsurfers... tirando esses últimos dois que são na água, a maior parte dos outros esportistas tinham fones de ouvido. Cada um lá, ouvindo sua coisinha. Mas o garoto, lá de cima, certeeeeeza que tava ouvindo um hardcore! A trilha sonora pra andar de skate teve várias eras... a era do hiphop old school, ouviamos House of Pain, Body Count, Cypress Hill... isso foi um pouco antes de eu conhecer o hardcore. Meio que junto comigo, entrou a era skatecore... pra mim a melhor de todas, acho que nenhum som combina mais com a sensação de andar de skate do que esse. Sua origem está ligada à marginalização e o estereótipo negativo associado aos skatistas no começo da década de 80, nos EUA. Foi o skatecore que influenciou muitas bandas californianas contemporâneas. Naquela época eu andava ouvindo Green Day (mostly), Bad Religion, NOFX, Circle Jerks, Suicidal Tendencies, The Adolescents, Minor Threat... e dava um gas do cacete!!!
Depois disso, veio a era do RAP. Chegou chegando, e num piscar de olhos só se ouvia rap nos vídeos, nos campeonatos, nos fones de ouvido. Eu curti pra caraleo o som, mas nunca me empolguei pra andar de skate ouvindo rap. Mesmo porque na época tinha muito menos a ver comigo do que tem hoje.
Depois da era do rap, veio a do alternativo... Weezer, The Verve, Smashing Pumpkins... tb curti muuuito, mas não combinava com o skate. Na real nessa época eu já nem andava mais...
Hoje em dia se ouve o que quer, o skate ganhou o parceiro longboard, mais surf, mais zen, mais rápido e evasivo porém com menos manobras... Com a independência que o ipod e o mp3 trouxeram, fica possível escolher sua própria trilha sonora pra dar sua bandinha...
Ainda é automático pensar em skate e ter a sensação de HC na veia... não sei pra vocês mas pra mim é uma puta sensação...